Com público estimado em 9 mil pessoas, danças, inclusão, talentos e muita animação marcaram o nosso festejo
Autoria: Alessandra Seidenberger – Departamento de Comunicação do Colégio Santa Maria
Foi um dia tão especial que chega a ser redundante dizer isso! Difícil mesmo encontrar palavras para descrever o Arraiá do Santa Maria no último sábado, dia 17 de junho. É uma data que, sem dúvida, ficará na memória de toda a nossa comunidade.
Desde a semana passada, vocês, leitores e seguidores do @colsantamariasp e do @portalcaleidoscopio, devem ter visto o “esquenta” e as imagens captadas, que continuam sendo publicadas esta semana. São as apresentações no ginásio esportivo com diferentes temas em homenagem ao nosso Brasil e suas riquezas culturais, além de famílias inteiras reunidas!
O respeito ao nosso Brasil e suas origens, e aos povos africanos fazem parte da cultura do CSM, por isso as danças representaram, desde o campo – como é comum nas festas juninas tradicionais – até o sertão nordestino, o Centro-Oeste, o Sul do país e a cultura afro-brasileira!
E as crianças do Infantil ao Jardim II, se apresentando com mães e pais no ginásio?? Até Vivaldi foi executado!! Mas não é Festa Junina? É, sim, senhô! Mas o Arraiá do Santa tem de tudo!!
Laura Juliani Mollo, mãe da Olívia, aluna do Infantil, estava muito feliz com a primeira participação dela e da filha, com dois anos, na dança que representou a “Fartura da Colheita”, onde as crianças levaram panelas e colheres de pau para fazer “percussão”.
“Eu gostei muito da experiência de ensaiar junto. A Olívia, em casa, estava toda ansiosa: ‘vou dançar com a mamãe’! A vida é tão corrida… aqui a gente encontra os pais, é muito gostoso, muito especial; eu acho que todo mundo comprou a ideia”, disse Laura, que é historiadora.
Pai de “primeira viagem” no Santa Maria, Carlos Kenji Takeuti, falou sobre o ambiente acolhedor do colégio. A única filha, Beatriz, está no 1º ano do Ensino Fundamental. “Quando ela entrou no ginásio, eu chorei muito, de ver o desenvolvimento dela, dançando com os amiguinhos, é um orgulho pra nós como pais”. “A dança foi linda e a festa tranquila e muito animada, completou Denise Yumi M. Takeuti, mãe da Beatriz.
Apesar da quantidade de pessoas circulando pela escola – mais de 9 mil pessoas – essa tranquilidade que a Denise comentou, tem total relação com a organização do evento, desde a entrada no colégio até a acomodação por todos os espaços – tudo muito bem projetado. A própria venda on-line de ingressos e fichas de consumo garante mais conforto e facilidade ao público.
NOSSO REPENTISTA
O repente do Gerson, funcionário do Santa Maria há quase 30 anos, foi um dos momentos mais curtidos no ginásio. Além de trabalhar como auxiliar de ensino do Fundamental II, desde os anos 2000 ele compõe canções para as festas juninas do Colégio. A música desse ano teve um motivo superespecial: o aniversário dos 75 anos do Santa Maria. “Eu já nasci cantando! Minha mãe fala que quando eu nasci, em vez de chorar eu cantei”!! (Risos)
A história do Gerson com a música no CSM começou em 1994. “Sister Anne descobriu que eu era músico e pediu que as crianças me convidassem para fazer parte da missa na Primeira Eucaristia. Aí eu me envolvi tanto na música aqui no Colégio, que até hoje eu estou engajado”, conta ele com aquele sorrisão! E bota engajado nisso, né não?
INCLUSÃO
Um dos momentos mais emocionantes para a família do Arthur, aluno do 3º ano do Ensino Fundamental, foi vê-lo se apresentar em uma festa junina. Arthur é autista, entrou este ano no Santa Maria e participou da dança que homenageou a cultura mato-grossense, de uma forma que surpreendeu e alegrou a todos. Para quem conhece os desafios de uma pessoa autista num ambiente de muita concentração de pessoas, foi realmente uma grande emoção.
Com 9 anos de idade, Tutu, como é chamado pelas crianças, tem hiper foco em letras e números, e se comunica com mais facilidade em Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS). “Essa foi a razão da dança da série ter explorado as diferentes linguagens, demonstrando que todas são significativas. A ideia foi trazer outras formas de expressão, que neste caso foram os gestos, e o Tutu ficou super envolvido. Ele estava sorrindo e muito feliz”, conta Andrea Alves Batista, professora do 3º ano.
“A sala do Arthur acolheu essa necessidade plenamente, então ele se sente ouvido, validado e aí a chance dele deslanchar é muito grande”, relata o pai do Arthur, Mário Hailer Jr.
“Não tenho palavras para expressar o quanto eu estou feliz e grata por tudo o que o Santa tem feito pelo Tutu”, diz Patrícia Hailer, mãe do Arthur.
ARTE E TALENTOS
Tem como pensar em uma festa junina sem decoração? As bandeirinhas, os balões e tantos outros adereços colorem toda a escola Mas…como já dissemos aqui, o Arraiá do Santa tem de tudo.
Pela primeira vez, painéis de três metros de altura foram feitos pelas turmas do 6º e do 9º ano, alunas e alunos das professoras Adriana Pistori e Raquel Guirado, de Artes.
Os painéis em tecido expostos dos dois lados do ginásio deram mais beleza e destaque ao evento. Todos os anos, é tradição as turmas do 7º e do 8º ano confeccionarem alguns elementos das próprias roupas usadas na dança. Os alunos do 8º ano fizeram os adereços da fantasia que representou o sertão nordestino, e os do 7º, a indumentária africana, como mostramos há algumas semanas aqui no Portal Caleidoscópio. https://portalcaleidoscopio.com.br/linguagens/festa-a-vista-uma-viagem-pelo-sertao-nordestino-por-meio-da-leitura-ritmo-e-indumentaria/
A decisão de produzir os painéis foi depois de uma experiência com Arte Naif dentro da sala de aula. A partir daí, os alunos começaram a criar desenhos em tamanho menor para depois transferirem para os tecidos gigantes. Um trabalho feito a muitas mãos com uma boa dose de criatividade.
“A gente trabalha sempre a partir da criação autoral do aluno, não com desenho de observação. Para passar do tamanho A3 para o painel, nós escolhemos dois a três desenhos para compor. Os alunos fizeram essa ‘junção’, e foram desenhando direto no tecido. Foi um ‘acordo’ entre eles”, explica Adriana Pistori. E como se pode ver nas imagens, foi um belo acordo que deu super certo!
CASÓRIO DO ENSINO MÉDIO, UM SHOW À PARTE
Depois da quadrilha das três séries do Ensino Médio, que se apresentaram debaixo de muitos aplausos da plateia, foi a hora da dramatização e do casório nada convencional, ponto alto da participação de jovens talentosos e eufóricos. Um grupo de 16 estudantes criou um roteiro com performances e caracterização de celebridades de diferentes gerações. Esse era um dos objetivos: mostrar que o preconceito com a diferença de idade não leva a nada!
De Silvio Santos e Maísa a Shakira e Gerard Piqué, até Marília Mendonça cantando “Infiel”! Uma mistura divertidíssima!
Estudante do Santa Maria desde o Jardim, Maria Eduarda foi uma das roteiristas da performance da turma, e a noiva da festa, que acabou não se casando com o Piqué, mas com o MC Ryan SP!
“Desde pequena eu sempre esperei chegar na 3ª série do Ensino Médio para fazer a Festa Junina. Esse é o momento mais esperado de todos os alunos porque é a gente que cria os personagens. É um momento de destaque”, disse a aluna.
Já estamos com saudade!!!