Ação da comunidade escolar contribui com a revitalização da Praça Tuney Arantes; abertura do portão da escola com acesso pela Praça completa um ano.
Autoria: Colégio Santa Maria
Desde que a pandemia alterou a rotina escolar e todas as aulas do contraturno haviam sido suspensas, a movimentação de veículos na saída das turmas da manhã e entrada da tarde aumentou consideravelmente, pois as famílias se deslocavam no mesmo horário para embarcar e desembarcar as crianças nos portões principais. Desta forma, uma solução para desafogar o trânsito e evitar transtornos foi abrir mais um portão de acesso ao Colégio, o da Praça Tuney Arantes.
O “pulo do gato” nesta ação foi aproveitar para revitalizar o local, sem contar que diversos alunos que moram nos edifícios próximos ao Santa Maria passaram a ir a pé para a escola. A entrada pela praça facilitou a rotina de muitas mães, como a pedagoga Elaine Mendes, que tem dois filhos no Ensino Fundamental II, e mora em um condomínio bem atrás do CSM. Antes ela pegava o carro porque ir a pé era cansativo. “Eu tinha que dar a volta, subir ladeira, e com as crianças e as mochilas era difícil. De carro eu chegava a levar 30 minutos para deixar os meninos”, explica. Depois que o portão de acesso pela praça foi liberado, Elaine gasta cinco minutos apenas. Ela se lembra que faz exatamente um ano que o portão foi inaugurado. “Já vi crianças brincando de skate, soube até que teve um campeonato ali. Não tem comparação com o que era antes; melhorou bastante”, conta Elaine.
No início, eram poucas as pessoas que faziam uso do novo portão, mas em pouco tempo já havia 80 estudantes entrando e saindo por ali, todos os dias. Esse número se mantém desde a abertura, há um ano. Resolvido o problema do trânsito local, veio a segunda questão: a praça necessitava de limpeza e poda, já providenciadas depois que o CSM fez contato com a Subprefeitura. A falta de manutenção impedia o bom uso do local. Foi então que a comunidade do Santa Maria se mobilizou para várias ações educativas, algumas já realizadas, e outras em andamento.
Uma delas é a plantação de uma horta. “Estamos desenvolvendo uma ‘horta-piloto’ dentro da escola para depois plantar ali na praça”, explica Wallace Marante, orientador pedagógico do 9º ano. Dentro das aulas com alunos do Eco Estudantil, uma das unidades do Cursos Livres, o ciclo dos alimentos é um dos temas abordados. A primeira fase do projeto foi levar a turma ao refeitório do Colégio para mostrar como os alimentos são utilizados. “A gente faz o reaproveitamento desses alimentos no laboratório da escola, e o que não é possível utilizar nas receitas, nós colocamos na composteira, que está pronta. Já temos o insumo para montar a horta ali na praça”, explica o professor Samuel Nunes Paiva, de Ciências, que visitou o local com os alunos para uma aula sobre o uso e o cuidado com o espaço público, e para uma limpeza simbólica. “Provavelmente a horta vai estar em condições de colheita entre novembro e dezembro”, diz o professor Samuel. O próximo passo é comprar areia e terra para o plantio das hortaliças!
O professor de Educação Física Vitor Campos da Paz já ministrou uma aula na praça no primeiro semestre. “Temos a intenção de ter outras aulas ali, sempre pensando na apropriação do espaço público e em sua transformação como um espaço de aprendizagem”, explica o educador.
Outras propostas estão em andamento, como um projeto para grafitagem no local, o que torna o exercício da cidadania uma prática constante no CSM. É um exemplo dado aos nossos estudantes de que é possível fazer a diferença na comunidade em que vivemos. “A gente está a todo momento se preocupando em como vamos entregar esses jovens para a cidade. Ocupar esse espaço público, dar um significado para aquele ambiente é auspicioso para a aprendizagem”, conclui o professor Vitor.
