Educação Infantil

Confiança e autonomia… Estreita relação com a aprendizagem

Autoria: Ana Karla, Professora da Educação Infantil do Colégio Santa Maria.

A escola, como um ambiente de ensino e cuidado, é o primeiro espaço de socialização que as crianças passam a conhecer depois de sua casa. Nela, começam a vivenciar um novo mundo…. Um mundo repleto de experiências, interações e práticas sociais com diferentes infâncias, culturas e linguagens.

Nesse processo de descobertas e vivências, otimizamos o desenvolvimento autônomo da criança. Autonomia que o dicionário brasileiro nos traz como a
 “capacidade de governar-se pelos próprios meios”. Meios entrelaçados com a curiosidade, persistência, “experimenta –ação” com o apoio e o incentivo diário dos adultos mediadores, sendo pais ou professores.

Podemos estimular a autonomia das crianças em tarefas cotidianas, como guardar os brinquedos, vestir-se, despir-se, abrir e fechar pequenos potes, lavar e secar as mãos etc. Isso traz maior confiança em relação às próprias capacidades, fortalece a autoestima e melhora a habilidade de encontrar soluções para as dificuldades que possam surgir. No sentido oposto, a superproteção gera dependência, frustrações e conflitos que deveriam ser incentivados para lidar com os desafios.

A relação da autonomia e aprendizagem se dá por meio da confiança, acolhimento e elogio, levando a criança a perceber que é capaz de aprender e de superar desafios. Diferente da crítica, que traz um bloqueio e pune a criança no seu íntimo, dificultando seu raciocínio para o acerto, protagonismo, confiança e, consequentemente, desmotivando o seu aprendizado.

Em resumo, permita que a criança explore o mundo testando, criando possibilidades, brincando, fazendo de conta, sozinha ou acompanhada, na certeza de que estaremos incentivando em todas as suas conquistas e tarefas rotineiras. Sabemos que para aprender a ser resiliente é preciso tentar e errar quantas vezes forem necessárias para, finalmente, acertar: essa é a base da experimentação e crescimento. Experimentar é preciso, assim como valorizar o processo como um todo: os erros, acertos e, principalmente, o esforço.

Assim, finalizo com a frase de Rodrigo Quintão: “Dê autonomia a uma criança, e no futuro ela não vai querer nada de você além de amor!”

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