Jean Valjean, personagem principal de “Os Miseráveis”, de Victor Hugo, seria culpado ou inocente pela construção de sua vida após tantos anos preso?
Autoria: Maria Carolina Biscaia e Melissa Ferronato, professores de Português do Ensino Fundamental II do Colégio Santa Maria
Após a leitura de “Os Miseráveis”, de Victor Hugo, com adaptação de Walcyr Carrasco, os alunos do 7º ano do Santa Maria se dedicaram a buscar nas páginas do livro, argumentos que poderiam condenar ou absolver Jean Valjean de alguns dos crimes que cometeu após ter saído da prisão em que foi condenado pelo roubo de um pão.
O dilema sobre o que viria a ser justiça, humanidade e verdade permeou todos os debates feitos pelos alunos e, ao final do processo, foi criado um “Júri Simulado” com os alunos protagonizando as mais diversas funções que existem nesse tipo de dinâmica.
Vivência repleta de aprendizagens
Tivemos em todas as salas um juiz, uma equipe de promotores, uma equipe de defesa e, ao final dos debates, alguns dos alunos destacados como jurados tiveram a possibilidade de promover a votação e deliberar sobre o destino de Jean Valjean. “Foi muito bom debater um assunto que sempre ficamos em dúvida e na hora do júri pudemos exercitar a paciência e esperar o momento da fala de cada um”, disse Valentina Mendes Guermandi, 13 anos.
Segundo Anne Laudares Climeru, 13 anos, “O júri é uma forma interessante de estimular nossos conhecimentos, pois precisamos aprender a pesquisar on-line, tivemos que perder a vergonha de falar em público e precisamos também aprender a adaptar nossa fala por ter que aproveitar aquilo que está acontecendo na hora do debate. No final, ainda por cima é uma forma divertida de aprender.”
Os debates acalorados entre acusação e defesa foram o ponto alto do júri deste ano. Para Arthur de Brum Camara, 12 anos, foi “Uma ideia muito interessante, porque foi interativa. Foi um momento que ficou marcado como algo muito especial deste ano. Não imaginava que pudesse ficar tão legal.”
E você, após sua leitura de “Os Miseráveis”, considera Jean Valjean culpado ou inocente?