Metodologias ativas são ferramentas que colocam o aluno como principal responsável por sua aprendizagem e o professor como mediador. Nas aulas de Geografia, turmas do 8º ano vivenciaram essa técnica e embarcaram numa jornada enriquecedora.
Autoria – Haroldo de Godoy Bueno, professor de Geografia do 8º ano do Ensino Fundamental
Cada vez mais o uso de metodologias ativas em aulas (presenciais ou remotas) vem promovendo oportunidades de aprendizagem aos estudantes de diferentes níveis. Tornar o aluno protagonista de uma atividade é uma das potencialidades das metodologias ativas, pois o colocam no centro da relação ensino-aprendizagem, ou seja, como principal responsável pela sua aprendizagem. Além disso, estas estratégias metodológicas possibilitam ao professor o papel de mediador ou facilitador, além de uma diversidade de práticas pedagógicas de acordo com conteúdo e habilidades desenvolvidas.
Assim, metodologias ativas passaram a fazer parte do cotidiano de muitas aulas de Geografia, potencializando a autonomia e protagonismo do aluno no desenvolvimento de habilidades e na apropriação dos conteúdos essenciais do componente.
Neste primeiro bimestre, os alunos foram estimulados, em uma das aulas de Geografia, a usarem a linguagem cartográfica para resolver desafio geográfico baseado no romance de aventura “A volta ao mundo em 80 dias”, do francês Júlio Verne.
Divididos em grupos e munidos com pedaço de barbante, régua, Atlas Geográfico, dispositivos móveis e espírito de equipe, as turmas tiveram de, primeiramente, ler um trecho do livro para contextualizá-lo na atividade. A partir daí e com a mediação do professor, eles investigaram o papel de cada personagem da história (Phileas Fogg, Fix e Passepartout) e, em seguida, mergulharam no desafio geográfico: calcular o tempo de viagem entre o Canal de Suez e a cidade de Mumbai (Bombaim, na Índia), com uma embarcação do século XIX.
Para isso, foi necessário dividir tarefas, compartilhar informações, pesquisar a velocidade média de um veleiro do século XIX, medir a distância por mar entre os dois pontos (uso do barbante), calcular a distância real com uso da escala do mapa e descobrir, com as informações obtidas, quanto tempo o veleiro levaria para se deslocar entre Suez e a cidade indiana.
A atividade possibilitou aos alunos resgatar conhecimentos já adquiridos em cartografia e a aquisição de novos conhecimentos, por meio de novas experiências de aprendizagem.
A experiência relatada se coloca como alternativa viável no processo de aprendizagem do estudante, estimulando participação, envolvimento na produção do conhecimento individual e colaborativo e, ao mesmo tempo, desenvolvendo várias competências de forma dinâmica e divertida.