Compreender esta diferença é crucial no processo de educar nossas crianças, além de produzir autoestima e segurança.

Autoria: Ana Karla da Silva – Professora do Infantil

“Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas mudam o mundo”. Esta reflexão de Paulo Freire, um dos pensadores mais importantes da educação brasileira, nos leva a compreender a educação como uma forma de construção, ao dar sentido ao que fazemos e acreditamos. Educar é também um processo de humanização, de sociabilidade e, em última análise, de exercício político, ético e cultural.

Nesse contexto, educar envolve tempo, resiliência e doações – a combinação de “DOR” (dedicação, organização e responsabilidade) e “Ações”. Essa palavra se dividiu aqui em duas partes para nos fazer refletir sobre esse processo desafiador, que envolve o equilíbrio entre o cuidado, a escuta, amor, respeito, e a firmeza para estabelecer limites, deveres e regras.

Nesse caminho, costumam surgir algumas dúvidas a respeito de como os adultos devem agir para que as crianças entendam os limites, mas sem serem impositivos, dominantes e inflexíveis. Por esta razão, a “autoridade” possui um papel fundamental para conduzir com respeito cada etapa do desenvolvimento da criança, assim como o ato de educar, um processo que é conquistado e colocado de maneira firme e amorosa. Esta é uma conquista que adquirimos por meio de um ambiente acolhedor e que preza pela escuta, segurança e coerência constantes.

Ao contrário, o autoritarismo é colocado de uma forma mais impositiva, causando medo, intolerância, inibição e rigidez. Sabemos que o autoritarismo na educação diminui as chances de a criança desenvolver habilidades importantes durante a infância, que impactarão a vida adulta, como autoestima e segurança. Portanto, é crucial compreender a autoridade em sua essência, buscando banir todo tipo de imposição nas relações e vínculos interpessoais.