Projeto interdisciplinar envolve as turmas do 3º ano do Ensino Fundamental em uma trama de mistério para motivar a prática da escrita. Em meio a muita curiosidade e empolgação, sem perceber, as crianças exercitam inúmeras habilidades.
Autoria: Marcia Almirall, orientadora do 3º ano do Ensino Fundamental do Colégio Santa Maria.
Acreditar na capacidade criadora que existe em cada um de nós, redescobrindo o encantamento pela leitura, contação e criação de histórias. Desvendar mistérios a partir de personagens imaginários e desafios como forma de instigar a imaginação e o olhar investigativo. Assim é o projeto do 3º ano do Ensino Fundamental do Santa Maria denominado “Escrita Criativa”, um instrumento envolvente, interdisciplinar e que vem despertando a curiosidade das crianças e o gosto pela leitura e escrita!
Era uma vez…
Uma fada surge na aula remota, causando interesse geral: a fada Yasi, vinda do Reino da Escritolândia. Com a rapidez própria das fadas, pede ajuda de todos para descobrir o vilão, responsável pelo desaparecimento do grande Livro Dourado. Ela deixa um desafio em uma placa com escrita cuneiforme, levando-os a pesquisar sobre escritas antigas para desvendar a palavra que daria acesso às câmeras da biblioteca do reino.
A investigação
Compartilhando descobertas e resultados da pesquisa no Google Classroom, rapidamente chegam à resposta. Acessando as câmeras, uma vez que a palavra era a senha, sequências de imagens das ações do vilão são analisadas, descartadas e, finalmente, encontram as pistas.
Aqui está inserido o desenvolvimento das práticas digitais, previstas em várias habilidades da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), o que se relaciona com a preocupação de promover o aprendizado em sintonia com as possibilidades tecnológicas da vida contemporânea.
Imaginação e ação
Os próximos passos causaram envolvimento geral: descrever como imaginavam o vilão, utilizando os adjetivos físicos, emocionais e comportamentais, representá-lo, por meio do desenho nas aulas de Arte, fazendo o retrato falado e encaminhar o trabalho para o baú das correspondências com o Reino de Escritolândia. A resposta de agradecimento da fada foi mais uma oportunidade para os alunos se apropriarem de comportamentos leitores.
O mistério continua
E eis que surge um novo personagem na live, o repórter do reino, provocando desconfiança: seria ele o vilão disfarçado, querendo colher informações de como estavam as investigações?
O verdadeiro vilão, com um disfarce bem elaborado, entra nas aulas remotas, deixando uma xarada e desaparece magicamente. Unidos, mais uma vez, levantam hipóteses, são desafiados em seu raciocínio e descobrem a resposta, provocando maior ligação com o misterioso desaparecimento do livro dourado!
Desafio bem calculado
A xarada leva a uma nova etapa, o Desafio da Localização. Agora, as habilidades matemáticas e voltadas para a ortografia são trabalhadas de forma lúdica, gerando interesse e curiosidade para as investigações. Com o Desafio do Xadrez ou Batalha Épica, aprofundamos o trabalho com as habilidades de fazer antecipações, comparar, observar, levantar hipóteses e tomar decisões com o objetivo de vencer o vilão de forma bem pensada.
Vivenciando o enredo
E chega a tão esperada “Batalha Final” por meio do RPG, sigla que abrevia a expressão Role Playing Games, que quer dizer “jogos de interpretação de papéis”. Escolher um personagem, descrevê-lo por meio da escrita, criar adereços e fantasias para vivenciá-lo nas aulas presenciais contou com a participação vibrante de todos. Produzir uma aventura do vilão, juntamente com outros personagens e utilizando a estrutura textual adequada trouxe, como resultado do processo vivido, maior desenvoltura e criatividade!
E foi apenas o começo…
Exercitar a curiosidade intelectual e utilizar os conhecimentos com criticidade e criatividade para investigar causas, elaborar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções. Preparada para novas aventuras, a “incrível máquina de inventar histórias” colocará sempre a imaginação a serviço da criação!