Neste artigo, a professora Elizabeth Nishiyama traz algumas dicas importantes para que a transição para uma nova escola aconteça de uma forma suave e segura.
Autoria: Elizabeth Nishiyama – Professora do Jardim II
“Acolhimento é abrigo, é receber, é aconchegar, é cuidar, é dar tempo, é olhar, é escutar, é criar vínculo, é conhecer, é sobretudo respeitar”
(Thais Romero)
Toda mudança gera medo, anseio, dúvida. Quando se trata dos filhos, os sentimentos se multiplicam, pois desejamos o melhor para eles, não é verdade? E quando decidimos que é hora de mudar de escola muitas dúvidas surgem: Como será na nova escola? Meu filho terá amigos? Vai brincar sozinho? Vai sentir falta da outra escola? Os professores cuidarão dele? E se ele(a) ficar chorando?
Em se tratando de uma nova escola, é fundamental conversar em família, levantar quais critérios são fundamentais nesta escolha, para depois, realizar visitas, reuniões com os orientadores, professores, e levar a criança para conhecer a instituição. E, assim que a decisão estiver tomada, é importante envolver a criança na mudança, seja comprando a lancheira, a mochila, preparando o próprio lanche, escolhendo um brinquedo para compartilhar com os amigos, usando o uniforme, organizando os materiais. Enfim, vivendo a mudança de forma respeitosa e acolhedora.
Pronto… Primeiro dia de aula! As preocupações tomam conta da família: E se meu(minha) filho(a) chorar? Será que fico ou vou embora? Como meu filho(a) será acolhido neste espaço? Como se dará o processo de socialização com as outras crianças e adultos? De que maneira devo agir?
Assim como os adultos, as crianças também sentem medo de mudanças, mas é importante que todos os envolvidos no processo se mostrem confiantes, pois atitudes de confiança e entusiasmo contagiam os pequenos, pelo vínculo afetivo que possuem com esse adulto.
É importante dizer que não existe uma receita a seguir. Algumas crianças exploram os espaços e brincam desde o primeiro momento e se despedem dos pais com tranquilidade. Outras choram e precisam de colo. Algumas ficam com febre, alteram o apetite ou o sono. Tem aquelas que não choraram nos primeiros dias, mas mudam de comportamento semanas mais tarde.
Vale destacar que aqui no Colégio Santa Maria nós acompanhamos de perto meninas e meninos que não se manifestam com facilidade, para compreender anseios, necessidades, preferências.
Enfim, escola nova, vínculos sendo estreitos, relações nascendo do encontro. Ocasiões nas quais os professores planejam momentos lúdicos, de brincadeira, e acolhedores. Tempo para viver, estar, relacionar-se… transformar insegurança em segurança, medo em confiança, choro em riso… enfim, sentir desejo de estar com os pares, aprender na coletividade, no exercício da autonomia e na descoberta de si, dos outros e do entorno.
Além de que é preciso acolher durante todo o ano com ações de cuidado, zelo e bem-estar, afinal, entendemos que acontecem vários “recomeços” ao longo do ano.
Confie na escolha que fizeram em família! A escola tem portas abertas e é feita de afetos, com colo que acolhe crianças e familiares, com escuta e parceria.