Autoria: Daniela Caltran, professora de Arte do 2º ano do Fundamental I do Colégio Santa Maria.
Em tempos desafiadores como o da pandemia, a Arte assume o poder transformador de ver e ler o mundo para além da palavra, sendo um importante instrumento de transposição de narrativas pessoais registradas por meio de símbolos gráficos que traduzem emoção, expressividade e vivência por meio das cores, linhas, formas e gestos.
Expressar sentimentos num momento de introspecção ressignificou a forma de expressão e, consequentemente, a relação da criança em viver e aprender Arte. Num contexto de isolamento, os alunos vivenciaram uma experiência dentro de outras possibilidades com investigações e hipóteses individuais para depois apresentá-las ao coletivo da tela.
Com o retorno das aulas presenciais, a vivência do coletivo e as trocas simultâneas de narrativas expressivas possibilitaram um enriquecimento visual, corporal, gestual e de amplitude do movimento e seus desdobramentos. Com as turmas do 2º ano do Santa Maria, o deslocamento pelo ambiente escolar e a vivência no espaço de Arte com materiais específicos refinaram os registros das crianças.
Propostas coletivas consolidaram as trocas e as conversas sobre a atividade apresentada e sua compreensão individual e coletiva com interações de grande relevância para o percurso criativo. Essa relação tem estreita ligação com a qualidade dos materiais escolhidos e com o que foi proposto, o disparador de possibilidades.
As fotos mostram as crianças atuando em projeto da pintura em tela, autoral, que consolida as narrativas de observação e apreciação da natureza e de artistas que a registram.