Nesta reflexão, a professora Karina Rodrigues, do Jardim I, traz ao debate a importância do equilíbrio entre o mundo digital e o analógico para oferecer às crianças as melhores experiências, dentro e fora do ambiente escolar
Autoria: Karina Rodrigues – professora do Jardim I
A tecnologia e seus recursos chegaram e rapidamente nos envolveram… É verdade que este avanço facilitou nossas vidas, modificou as relações humanas e transformou as relações de trabalho…em contrapartida, nossas crianças, influenciadas pelo meio que vivem, começaram a interagir com as telas cada vez mais cedo.
Refletindo sobre este cenário, percebemos que a tecnologia pode ser um instrumento de aprendizagem quando utilizada de forma equilibrada e consciente. Contudo, é importante compreender não apenas os benefícios, mas também os riscos. Quais são esses riscos? Qual seria a idade ideal para introduzir as crianças no universo tecnológico?
Embora seja difícil “isolar” as crianças desse contato, os especialistas sugerem que antes dos dois anos, evite-se qualquer exposição às telas. Após essa idade, o ideal é conseguir flexibilizar o acesso sem deixar de lado a interação, a socialização, o afeto, o desenvolvimento da imaginação e o mundo lá fora… Estabelecer limites para o uso da tecnologia é o ponto inicial para que ela seja utilizada sem excessos.
Para isso, nós, educadores e pais, desempenhamos um papel crucial na orientação das crianças para um relacionamento saudável com a tecnologia… O segredo é também equilibrar o uso e propor momentos de qualidade para estarmos com as crianças.
Momentos para exercitar a imaginação, a brincadeira, a leitura de livros, estar em contato com a natureza, mexer o corpo, dançar, ouvir músicas… Ocasiões escolhidas para priorizar as relações afetivas (amor), sociais (estar junto) e motoras.
E, assim, garantimos que as crianças tenham uma ampla variedade de experiências e oportunidades, além do uso das telas. Que sejamos modelos de uso responsável da tecnologia, demonstrando limites saudáveis e boas práticas online. Limites baseados no equilíbrio…
Essa é a chave para garantir que as ferramentas tecnológicas sejam úteis na vida de todos nós, de uma maneira consciente e adequada e, principalmente, sem nos tornarmos dependentes de algo que deve ser visto como ferramenta que oportuniza o aprendizado, e não o contrário.