Autoria: Fernanda Lugatto – Professora do Pré do Colégio Santa Maria.
O dicionário define preconceito como “qualquer opinião ou sentimento, favorável ou desfavorável, concebido sem exame crítico, conhecimento ou razão”.
Questão somente dos adultos? Não.
Entre as crianças, muitas vezes, há o desconhecimento ou um estranhamento com aquele que é diferente dela e daqueles com os quais convive. Contudo, mostrar a importância de respeitar as diferenças é uma lição que deve ser ensinada desde cedo.
Os pais devem ter uma participação ativa para que comportamentos, relativamente inofensivos das crianças, não ganhem maiores dimensões.
Se estamos longe de erradicar as atitudes preconceituosas nos adultos, que dirá nas crianças, que reproduzem comportamentos das pessoas mais próximas.
Diversos estudos mostram que o preconceito é uma construção humana, e crianças podem tornar-se preconceituosas se vivenciarem atitudes de preconceito, mesmo que veladas. Crianças aprendem por imitação, e educar por meio do exemplo é sempre uma das formas mais singelas e eficientes de ensino.
Na escola, nosso papel como educadores é apresentar, trabalhar com as diferenças e valorizá-las. Histórias, brincadeiras e músicas de diferentes culturas e raças são uma ótima oportunidade de sensibilização, reflexão e diálogo sobre as diferenças.
Ao vivenciar, por meio das histórias, brincadeiras, vídeos, músicas, mundos e contextos diferentes dos seus, as crianças conseguem compreender e assimilar melhor a diversidade que existe entre pessoas, culturas e sociedades.
Brinquedos e brincadeiras das culturas africana, oriental, indígena, e de outros povos são ótimos recursos. É a linguagem do corpo e da ludicidade mostrando que temos muito de outras culturas e que podemos aprender muito com elas.
Que cor pintar a pele? É outra discussão e cuidado durante as aulas de artes. Qual a cor da minha pele? Que cor me representa? Qual a cor da pele dos meus amigos? Com certeza, só aqui, há uma grande e importante reflexão.
O mais importante em todas estas intenções é cultivar comportamentos respeitosos com o outro, educar para a empatia. Afinal, a pluralidade faz parte da vida e todos merecem ser respeitados em sua singularidade e subjetividade.