Estudantes do 7º ano aprendem a criar um ambiente virtual interativo em um projeto ousado que envolve programação, muita criatividade e o uso adequado da tecnologia
Autoria: Maria Carolina Biscaia – Professora do 7º ano
O futuro…o eterno desconhecido do homem. O futuro e seus mistérios… Alguns de nós desejam sabê-lo, outros gostariam ao menos de se sentirem preparados para os desafios do porvir.
Na esteira desta possibilidade, o 7º ano, no decorrer de 2024, criou um ambiente virtual chamado metaverso. Mas afinal, o que é metaverso? Para que serve? Qual a finalidade deste tipo de trabalho?
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), apresenta na descrição das competências em Linguagens, a necessidade de o estudante brasileiro conhecer diferentes práticas de linguagens, dentre elas, o uso da linguagem digital. O documento prevê que o aluno possa, entre outras coisas, “compreender e utilizar […] de forma crítica, significativa, reflexiva e ética […]” a tecnologia.
Superado o equívoco de pensar que nossos estudantes, por serem nativos digitais, são capazes de tudo fazerem quando se trata de tecnologia, fica a certeza de que a linguagem digital precisa ser ensinada. Ensinar o uso técnico das ferramentas, suas especificidades, potencialidades, ensinar “etiqueta digital”, os limites, a elegância dentro do mundo digital… Mas como? De que maneira harmonizar o velho e o novo em sala de aula?
A educação em nossos dias precisa integrar as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) ao cotidiano escolar e a escolha pela criação de um metaverso se encaixa nisto. Para a composição do Projeto África-Brasil (tradicional projeto da série), nossos estudantes desenvolveram trabalhos nas áreas de Arte, Educação Física, História e Português e abrigaram suas produções em um metaverso, usando como suporte a plataforma Spatial.io. Esta plataforma possibilitou a criação de um espaço virtual interativo, com ambientes separados para a apreciação dos trabalhos desenvolvidos nas diferentes áreas do conhecimento.
Em Língua Portuguesa, os alunos leram histórias variadas do continente africano e, mantendo a tradição da contação de histórias orais, gravaram, à sua moda, estas narrativas.
A tradição oral milenar africana, apresentada em nossos dias por uma realidade virtual, talvez possa, em um curto prazo de tempo, acolher entretenimento, cultura, comércio, trabalho e socialização nas pontas dos dedos dos nossos estudantes.