No ambiente escolar, as interações sociais, as relações interpessoais ocorrem constantemente e, com isso também surgem os conflitos entre as crianças, esses conflitos são naturais e necessários para o aprendizado da convivência, portanto, cabe a nós professores acompanharmos de perto as brincadeiras em locais abertos e fechados, a divisão de brinquedos, os momentos de jogos ou qualquer outra situação, pois os conflitos podem ocorrer por vários motivos; sejam eles por interesse pelo mesmo brinquedo e/ou espaço, por ciúmes das amizades ou simplesmente pelo sentimento de posse dos objetos, entre tantos outros.

Como mediadores, podemos auxiliá-los na ampliação do seu repertório de possibilidades, valorizando e incentivando a escuta, a tomada de decisão e assim, estimularmos a refletirem sobre as “boas” estratégias para a resolução de conflito.
Uma das principais estratégias é a comunicação, por meio dela, as crianças podem ser ouvidas, conseguem expor seu ponto de vista ao mesmo tempo ouvir o colega e assim, negociar, para entrar em acordo, como por exemplo na disputa de um brinquedo, por meio do diálogo precisam decidir se alguém ficará com ele, se brincarão juntos e assim, encontrar alguma solução.

Outras possibilidades de estratégia referem-se as dramatizações, as assembleias/ rodas do coração, nas quais as crianças podem representar diferentes papéis, usando fantoches e bonecos recriando cenas de conflitos vividas por elas. Com essas propostas, as crianças vão se percebendo e se colocando no lugar do outro.
É importante ressaltar que nós, enquanto adultos, não devemos resolver as situações de conflito das crianças, mas oferecermos todo o suporte necessário para que elas inicialmente se acalmem, consigam verbalizar e escutar o outro e, dessa forma, juntas decidir por meio de experiências vividas e construir um repertório de possiblidades para solucionar as situações de conflito.