Mundo da Leitura

Clássicos, a leitura que une gerações

Autor Fernando Nuno, que adaptou o clássico Viagem ao Centro da Terra, de Julio Verne, visitou nosso colégio para um bate-papo animado com as crianças.

Autoria: Rosana Daher e Sandra Evangelista – Professoras do 4o ano

A literatura é a “arte com palavras”; por meio dela podemos entrar em contato com outros tempos, outras culturas e diferentes realidades. Dessa forma, os clássicos nunca saem de moda, nos convidam a viajar no tempo e a conhecer outros universos.

Nesse contexto de retorno a um passado que sempre é contemporâneo, os alunos do 4º ano foram convidados à leitura do clássico Viagem ao Centro da Terra, do autor francês Julio Verne, considerado o criador da literatura científica, no século XIX.

Essa obra aguçou a imaginação das crianças ao apresentar termos científicos recheados de fantasia, já que personagens com a ambição audaciosa de realizar uma expedição ao centro da Terra, se deparam com aventuras incríveis e seres fascinantes.

A obra escolhida para a leitura dos estudantes foi uma adaptação realizada por Fernando Nuno, que além de ser autor de diversos livros infantojuvenis, realizou adaptações de vários clássicos da literatura. E qual não foi a surpresa das crianças, quando souberam que o autor viria conversar com as turmas do 4º ano… A garotada ficou em polvorosa!

A leitura, então, se tornou um convite para uma prazerosa conversa. Como não poderia de deixar de ser, com aquela curiosidade típica e desejo de aprender, os alunos organizaram várias perguntas. Para isso prepararam, de antemão, uma entrevista com o autor incluindo aquelas questões que não queriam calar.

No início da prosa, Fernando Nuno comentou que adora visitar as escolas, pois sabe que é recebido com boas perguntas! E foi por aí que começou… cada parola sobre o livro foi como acender uma lanterna ao fundo de uma gruta; a turma pôde adentrar cada vez mais na obra do autor.

Ao ser questionado sobre sua inspiração para adaptar clássicos, o escritor compartilhou o desejo de torná-los o melhor possível e mais acessível a diversas pessoas, sem deixar de lado a sua beleza e respeito ao estilo da época. Durante o encontro, Fernando Nuno incentivou a leitura e a prática da escrita, assim como a inventividade aliada ao entendimento de si e do outro, como fazia Shakespeare, que entendia as pessoas e criava personagens com características marcantes.

E como nem tudo são flores, surgiu a curiosidade em saber qual era a parte mais difícil do trabalho de um escritor. Fernando explicou que o segredo é começar… Às vezes, as ideias surgem de um sonho (ele sonhou com frases e quando acordou, transformou-as em um livro), de uma situação do dia a dia que gera uma empolgação “e quando se vê a gente não quer parar para almoçar nem jantar para que a imaginação não fuja”, disse o escritor e… claro, o lado importante da escrita, que é a revisão, a releitura, fazer rascunho e refazer.

Nuno finalizou dizendo que escrever para essa faixa etária é muito bom, é como se ele escrevesse para si mesmo, o que o ajuda a não deixar apagar a criança que existe dentro dele.

Esse encontro despertou ainda mais o interesse dos pequenos leitores, reavivando a ideia de que os livros, em especial, os clássicos, são maravilhosos e podem nos trazer descobertas surpreendentes, afinal, através da leitura o mundo se expande e as oportunidades de troca e interação se revelam.

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